terça-feira, 24 de março de 2009

.multiplicação.

“Terão de inventar de A a Z uma relação ainda sem forma que é a amizade, isto é, a soma de todas as coisas por meio das quais um e outro podem se dar prazer.”

“O problema não é descobrir em si a verdade sobre seu sexo, mas para além disso, usar de sua sexualidade, para chegar a uma multiplicidade de relações. E isso não é a razão pela qual a homossexualidade não é uma forma de desejo, mas algo de desejável”

Fiquei com uma frase da Andréa na cabeça:


Tempo de encontro que não é tempo de urgência


um tempo do ter que já

de imediatismos

E lembrei em seguida da Lidu

Quais são nossos desejos nessas relações, como a gente se move nessas relações, o que lateja, o que é pulsante? Compartilhar com o outro as nossas inquietudes


ampliar para além de nós


e uma outra coisinha, desculpem não tenho certeza de quem foi essa frase, apesar de ter uma séria desconfiança de que foi Andréa.

Pacto de solidariedade como formas de existir.

Teremos sempre (sempre é uma palavrinha perigosa) de (re)inventar, as relações, para que elas possam estar e permanecer.

As relações atuais, como viver junto? Quando nossas urgências divergem, quando não há o encontro?

Encontrar um (no) outro que esteja disposto a compartilhar idéias, aqui lembro do exercício de estar coreografando.

Reunir pessoas que acreditem na sua idéia e com isso, a partir disso criar novas relações expandindo nossos pensamentos, dividindo, trocando.

Lançar questionamentos e estar pronto para a resposta do outro que pode não ser aquela que você esperava ou pode ser algo ainda melhor.


E o que lateja na gente vai latejar no outro.

O que pulsa em mim vai pulsar no outro.

O que pulsa em mim,vai pulsar no outro?

Criar relações.

Criar laços.

Parcerias.

Par.

Ímpares.

Multiplicação.

aspásia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário